TEA & neurodiversidade
O que é o TEA (Transtorno do Espectro Autista)?
O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é como uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a forma como a pessoa percebe o mundo, se comunica e interage socialmente. Ele é descrito como um espectro, porque apresenta uma grande variação de características e intensidades entre os indivíduos diagnosticados.
As principais características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) variam bastante entre indivíduos, mas há dois grandes grupos de características centrais, reconhecidos pelos manuais diagnósticos (DSM-5 e CID-11)
2,4 milhões
1,2%
População brasileira
Pessoas diagnosticadas
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma condição única e fixa, mas sim uma constelação de manifestações muito diversas. Cada pessoa autista apresenta um conjunto único de características, com diferentes níveis de habilidades, desafios e formas de interação com o mundo. Isso torna essencial o reconhecimento de que não existe um único de ser autista — o espectro é amplo e multifacetado.
Um dos fatores mais importante é a redução do estigma em torno do autismo. Com a popularização do conceito de neurodiversidade — que valoriza as diferentes formas de funcionamento neurológico como variações naturais da mente humana —, mais pessoas se sentem confortáveis em buscar avaliação e reconhecer-se como parte do espectro.
Como reconhecer o TEA ?
O que são neurodivergências?
Neurodivergência é um termo que descreve pessoas cujos cérebros funcionam de maneira diferente do que a sociedade convencionou como “padrão” ou “típico”.
Em vez de serem tratadas como portadoras de transtornos, as pessoas neurodivergentes carregam formas únicas de perceber, processar e se expressar no mundo. Esse conceito nasceu para romper com a ideia de deficiência e valorizar a diversidade neurológica.
Pessoas autistas, com TDAH, dislexia, discalculia, Tourette, transtornos do processamento sensorial ou até superdotação são exemplos de neurodivergência. Em comum, essas vivências carregam outras formas de sentir, aprender, interagir e criar.
Por muitos anos, a diferença neurológica foi vista apenas como algo a ser corrigido. Modelos clínicos tradicionais colocavam o foco em limitações e déficits. Crianças que não se encaixavam nos padrões escolares eram rotuladas como “problemáticas”; adultos que não performavam como o esperado eram vistos como “dispersos”, “difíceis”, “lentos”.
Esse olhar gerou invisibilidade, sofrimento e exclusão — especialmente em contextos como escolas e ambientes de trabalho.
O termo não aponta um déficit, mas uma variação natural do funcionamento humano.Nos últimos anos, graças ao avanço das neurociências, à escuta mais ampla de pessoas neurodivergentes e aos movimentos sociais de inclusão, começamos a trilhar um novo caminho: o da compreensão e do acolhimento das diferenças neurológicas como parte da diversidade humana.